quarta-feira, 17 de abril de 2013

Sistemas de Impermeabilização na Construção Civil

A impermeabilização é um sistema responsável por selar, colmatar ou vedar os materiais porosos e suas falhas, sejam elas motivadas por momentos estruturais ou por deficiências técnicas de preparo e de execução.

O sistema de impermeabilização propicia conforto aos usuários finais de qualquer construção, seja ela comercial, industrial ou residencial.

É uma etapa da construção civil muito importante, mas que muitas vezes é deixada de lado por motivos de contenção de gastos e desinformação, resultando na umidade e no aparecimento de patologias de impermeabilização resultando em ambientes insalubres e com aspecto desagradável, apresentando manchas, bolores, oxidação das armaduras, entre outros.
A impermeabilização muitas vezes não é tratada com a devida importância nas construções ou, até mesmo, não é utilizada pelo fato de, na maioria das vezes estar fora do alcance visual após a conclusão da obra.

Grande parte dos problemas associados às impermeabilizações podem ser identificados e eliminados já nos primeiros estágios do desenvolvimento da construção. Na maioria dos casos, as construtoras dedicam atenção aos problemas de impermeabilização somente no final da obra, quando pode ser muito tarde.

Um sistema de impermeabilização na construção é de fundamental importância para a segurança da edificação e para a integridade física do usuário, além de tornar os ambientes salubres e mais adequados à prevenção de doenças respiratórias. Os agentes trazidos pela água e os poluentes existentes no ar, causam danos irreversíveis a estrutura além de prejuízos financeiros, principalmente quando envolve a recuperação estrutural.

Os custos que envolvem o reparo das patologias de impermeabilização podem ser até quinze vezes maiores do que de fosse previsto no projeto e executado durante a obra como medida de prevenção.
A vida útil de uma edificação depende diretamente de um eficiente sistema de impermeabilização.

O custo da implantação de um sistema de impermeabilização na edificação representa em média de 1 a 3% do custo total da obra, considerando projeto, consultoria, fiscalização, execução e materiais.
A execução da impermeabilização durante a obra é mais fácil e econômica se comparada com a execução depois da obra concluída.

A reimpermeabilizaçao pode corresponder a 25% do custo total da obra, dependendo do tipo de revestimento final empregado, incluindo todos os custos diretos e indiretos, inclusive os transtornos que não são pequenos.

Normalização

No Brasil, a impermeabilização ganhou impulso para sua normalização com as primeiras obras do Metrô da cidade de São Paulo, que se iniciaram em 1968. A partir de entao, iniciaram-se as reuniões para criar as primeiras normas brasileiras de impermeabilização na ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

A publicação da primeira Norma Brasileira de Impermeabilização aconteceu em 1975, mesmo ano da fundação IBI - Instituto Brasileiro de Impermeabilização  instituto responsável pela disseminação da importância da impermeabilização na construção, que prossegue até os dias de hoje.

Projeto de Norma ABNT

Um projeto de construção civil contempla diversos projetos tais como hidráulica, elétrica, acabamento e deve contemplar igualmente um projeto de impermeabilização  O profissional encarregado de planejar a impermeabilização deve desenvolvê-lo em total conformidade com os aspectos normativos da ABNT.

Desde o dia 17 de outubro de 2010 entrou em vigor, a nova norma ABNT NBR 9575/2010, que estabelece as exigências e recomendações relativas à seleção e projeto. A nova norma estabelece requisitos mínimos de proteção da construção contra a passagem de fluidos, bem como os requisitos de salubridade, segurança e conforto do usuário, de forma a ser garantida a estanqueidade das partes construtivas que a requeiram.

Etapas do processo de impermeabilização

A principal função dos sistemas de impermeabilização é o de proteger as edificações dos malefícios das infiltrações, eflorescências e vazamentos. Existem três etapas que envolvem a processo de impermeabilizar uma edificação. São eles:

- Ações anteriores a impermeabilização  tais como a preparação da regularização e dos caimentos , bem como dos detalhes construtivos;
- Processo de impermeabilização propriamente dito;
- Isolamento terminado, quando especificado e a proteção mecânica, quando necessária.

Para definir o tipo de impermeabilização que pode ser empregado é necessária uma avaliação dos seguintes aspectos:

Comportamento físico do elemento

Análise de suscetibilidade do componente de base à ocorrência de fissuras e trincas tais como peças sujeitas a alterações dimensionais resultantes de aquecimento e resfriamento, recalques, lajes sobre vigas, marquises em balanço, reservatórios superiores de água (devido ao diferencial térmico) influência do entorno (edificações, vizinhança, trafego intenso), entre outros.

Água sobre o elemento

As situações mais encontradas no caso da atuação da água sobre o elemento são: água de percolação na qual ocorre livre escoamento do líquido, em casos de terrenos, coberturas, empenas de fachadas, água com pressão tais como em piscinas e caixas d"água devido à força hidrostática sobre a impermeabilização  umidade por capilaridade em materiais porosos no caso de elementos que estão em contato com bases alagadas ou solo úmido.

Tipos de sistemas de impermeabilização

Os sistemas de impermeabilização podem ser classificados em Rígidos e Flexíveis e estão relacionados às partes construtivas sujeitas ou não, a fissuração.

Impermeabilização rígida

A impermeabilização rígida é aquela que torna a área aplicada impermeável pela inclusão de aditivos químicos, aliado à correta granulometria dos agregados e redução da porosidade do elemento, entre outros. Os impermeabilizantes rígidos não trabalham junto com a estrutura, o que leva a exclusão de áreas expostas a grandes variações de temperaturas. Este processo é indicado para locais que não estão sujeitos a trincas ou fissuras, tais como:

- Locais com carga estrutural estabilizada: poço de elevador, reservatório inferior de água
- Pequenas estruturas isostáticas expostas
- Condições de temperatura constantes: subsolos, galerias e piscinas enterradas, galeria de barragens

Impermeabilização flexível

Esse processo compreende o conjunto de materiais ou produtos aplicáveis nas partes construtivas sujeitas à fissuração que podem ser divididos em dois tipos: moldados no local, chamados de membranas e também os pré-fabricados, chamados de mantas.

Os materiais utilizados para impermeabilização flexível são compostos geralmente por elastômeros e polímeros.

Os sistemas pré-fabricados, como a manta asfáltica, possuem espessuras definidas e controladas pelo processo industrial, podendo ser aplicados normalmente em uma única camada.

O sistema moldado no local que pode ser aplicado a quente, como os asfalto em bloco, ou aplicado a frio, como as emulsões e soluções, possuem espessuras variadas. Exigem aplicação em camadas superpostas, sendo observado para cada produto, um tempo de secagem diferenciado.

O sistema flexível de impermeabilização é normalmente empregado em locais tais como:

- Reservatórios de água superior;
- Varandas, terraços e coberturas;
- Lajes maciças, mistas ou pré-moldadas;
- Piscinas suspensas e espelhos d"água;
- Calhas de grandes dimensões;
- Galerias de trens;
- Pisos frios (banheiros, cozinhas, áreas de serviço)

Onde devemos impermeabilizar

- Telhados e coberturas planas;
- Terraços e áreas descobertas;
- Calhas de escoamento de águas pluviais;
- Caixas d"água, piscinas e tubulações industriais;
- Pisos molhados, tais como banheiros, cozinhas e áreas de serviço;
- Paredes onde a água escorre e recebem chuva de vento;
- Esquadras e peitorais de janelas;
- Soleiras de portas que abrem para fora;
- Água contida no terreno, que sobe por capilaridade ou infiltra-se em solos abaixo do nível freático, entre outros.

Video explicativo: O que é a impermeabilização

Construtora Sousa
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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Regras básicas para fazer seu escritório em casa

Um escritório e, casa pode ser a resposta para sua proposta de redução de custos. Aluguel, IPTU, condomínio, secretária, luz, telefone, faxineira e estacionamento.

Esses são itens básicos da despesa de um escritório. Sem falar no estresse, na perda de tempo no trânsito infernal e nos inúmeros telefonemas para resolver pepinos domésticos.
Mas existe uma outra opção para todo esse desgaste: levar a rotina profissional para dentro de casa.
O home office ou escritório em casa é uma tendência mundial que passa a ser cada vez mais adotada no Brasil. Com a elevação dos preços dos imóveis e aluguéis nos grandes centros urbanos e o caos no trânsito em nossas cidades, cada vez mais brasileiros optam por montar um escritório em seu próprio apartamento ou casa, reduzindo custos, ganhando tempo de transporte e qualidade de vida.
Livrar-se de gastos, economizar tempo e agilizar o andamento da casa são as principais vantagens dessa escolha. Se você está cogitando a idéia, comece seguindo estas dez regras básicas para se ter escritório em casa:

1. Respeite o relógio

Tenha um horário definido para começar e parar suas atividades, como se você estivesse mesmo no escritório. Da mesma forma que a casa não pode invadir o trabalho, a profissão não pode roubar sua saúde, física e mental.

2. Mantenha a disciplina

Atenção para não se dispersar. Não dá para ir à cozinha fazer um café no meio do dia ou visitar a geladeira a cada meia hora. E se você decidir trabalhar no sábado de manha para fazer compras na sexta à tarde, cumpra sua promessa. lembra-se que ter um escritório em casa é um desafio à disciplina.

3. Defina seu espaço de trabalho

Uma edícula da cada ou um cômodo do apartamento deve virar seu quartel-general. E não divida espaço com as ferramentas ou com os brinquedos das crianças. Também não deixe o relatório em cima da c^moda do quarto. Se sumir a culpa é toda sua.

4. Otimize o telefone

Ter um celular ajudar muito. Ele funciona como uma segunda linha telefônica. Outro ponto de apoio é a secretária eletrônica, fundamental para atender às chamadas no final de semana ou depois do expediente. Além disso, as empresas de telefonia de alguns Estados oferecem outros recursos para preservar sua privacidade. A de São Paulo, por exemplo, tem o Detecta, um aparelho que denuncia de que número vem cada chamada. Isso ajuda a selecionar o que deve ser atendido e o que deve ir para a secretária eletrônica.

5. Abuse da tecnologia

Com as novas linhas digitais dá para navegar na internet e falar ao telefone simultaneamente. Confira se na sua cidade já existem linhas do tipo ADSL - sigla em inglês para linha digital assimétrica - ou RDSI, Rede Digital de Serviços Integrados.
Outra saída para quem quer se manter conectado em seu escritório em casa é utilizar os novos serviços das TVs a cabo para plugar o micro na rede. Nesse caso, proteja o computador.
Ele vai ficar mais vulnerável ao ataque de piratas.

6. Invista num micro valente

O computador deve ser compatível com o trabalho em seu home office. Se você já tem um no escritório, é ele que vai ser seu companheiro em casa também. Casa vá adquirir um para começar, evite modismo e converse com um técnico sobre a máquina e os programas que atendem melhor você.

7. Cuide da infra-estrutura

Na hora de adquirir acessórios, equipe bem a sua casa. Não se engane, por exemplo, com um fax no micro. Ele funciona bem para receber documentos e não para enviar originais.

8. Abandone a informalidade doméstica

Nada de trabalhar de pijama, sentar-se em qualquer lugar ou improvisar mobílias. Mesa, cadeira, arquivos e estantes devem equipar o ambiente. Estude, inclusive, a altura adequada dos móveis para que tudo seja confortável e não traga problemas de saúde no futuro.

9. Ensine o pessoal a anotar recados

É bom preparar quem está em casa para atender ao telefone. Explique direitinho como seus clientes devem ser tratados e, principalmente, como anotar os recados. Tenha um bloco de papel e uma caneta fixos para isso. Caso você more num prédio, avise porteiro e zelador sobre como proceder com material entregue na portaria.

10. Explique sua rotina para seus filhos

Tudo bem que você está ali para qualquer eventualidade, mas é bom que as crianças saibam qual é seu tempo de trabalho. Se puder, conte com a flexibilidade de horário de escolinhas. Não é porque você esta´em casa que sua rotina de trabalho deve mudar.
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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Roteiro de Orçamento

O orçamento é a parte mais importante antes de começar uma obra ou reforma. É através do orçamento que verifica-se quanto vão custar os serviços a serem executados e a soma de todos formando o custo total.

Um orçamento bem feito tem as seguintes vantagens:

- Saber exatamente o quanto será gasto;
- Ajuda a programar os gastos em cada etapa da obra;
- Proporciona a alteração de materiais para que o custo da obra caiba no orçamento;
- Possibilita procurar por descontos na compra de materiais e contratação de mão-de-obra;
- Ajuda a planejar o início da obra (quando terá o dinheiro necessário disponível)
Antes de fazer o orçamento é preciso que algumas premissas sejam cumpridas porque são os dados delas que vão alimentar o orçamento. As premissas são:

- Possuir um projeto do que será construído ou reformado;
- Possuir um memorial descritivo dos materiais que serão aplicados;
- Possuir um projeto de detalhamentos ou projeto executivo.

Macete 01: Para muitas pessoas fazer um orçamento é apenas ir a loja de materiais de construção e coletar o preço dos materiais que elas querem na sua obra. O orçamento é mais do que isso, ele deve complementar: material, mão-de-obra, impostos, máquinas e equipamentos e custos indiretos (água, luz, telefone, internet, combustível, depreciação.

Veja o passo a passo para elaborar um orçamento:

1. Levantamento de quantitativos

Fazer o levantamento dos quantitativos dos serviços a serem realizados como, por exemplo: quantitativo de estruturas, alvenarias, chapisco, reboco, pisos, revestimentos de parede, louças, metais, coberturas, forros, instalações em geral e áreas externas.

2. Fazer as CPUs

Faça o roteiro com todas as CPUs (composições de preços unitários). Você pode consultar o TCPO ou utilizar softwares de orçamento (existem softwares gratuitos) ou, no caso de reformas, fazer o custo manualmente (material a ser gasto, mão-de-obra a ser gasta).
3. Montar os custos indiretos

Os custos indiretos são os custos de água, energia, telefone, transporte, combustível, mão-de-obra indireta, equipamentos, máquinas, aluguel, alimentação, etc. Geralmente esses custos são esquecidos, principalmente em reformas quando um casal vai construir sua casa.

Macete 2: Lembre-se sempre dos custos indiretos. Eles não pesam muito no orçamento. Se você está construindo sua casa e vai a obra todo final de semana para ver o andamento dos serviços, coloque o custo do combustível do deslocamento.

4. Montar o roteiro de orçamento

Agora é hora de reunir as CPUs, inserir os quantitativos de casa serviço nas CPUs, inserir todos os custos indiretos. Em seguida, insira todos os impostos que inserem sobre os serviços e os encargos sociais (encargos sociais incidem apenas sobre a mão-de-obra). Some todos os valores dos custos e você terá o custo total da sua obra ou reforma.

Macete 3: Se você está construindo sua casa ou reformando, provavelmente você está contratando a mão-de-obra por "empreitada", assim não incidem encargos sociais. É importante ao contratar por "empreitada" fazer um contrato de prestação de serviços para evitar problemas futuros na justiça.

5. Inserir BDI

O BDI é a Bonificação e Despesas Indiretas, também conhecida como LDI (lucro e despesas indiretas) é onde está o lucro da obra. No caso de obras próprias não há esse item.
O BDI pode ser de 10%, 20%, 30%, 40%, 100% dependendo do tipo de obra, cliente, mercado. Essa etapa é a final para a montagem do preço.

Lembre-se que PREÇO = CUSTOS + LUCRO

No caso de reforma ou construção própria não existe esse passo.
Você não vai cobrar lucro de você mesmo.

Deixar de orçar uma obra ou reforma faz você perder o controle dos gastos e facilmente estourar o orçamento destinado. Jamais inicie sem fazer um orçamento. Mesmo se sua obra for pequena, ou uma reforma de um banheiro, ou se você não tem experiência, coloque todos os custos em uma tabela de Excel ou em uma folha de papel.

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