Ex-professor de geografia, ele conta que o projeto nasceu há 20 anos. Primeiramente Euldado diz que conseguiu produzir uma cola, através da quebra de polietileno, que é capaz de grudar a terra. Para que o projeto desse certo, ele utilizou materiais como pneus velhos, isopor e plásticos não recicláveis Depois, construiu um modelo da máquina que está sendo testada no centro de tratamento de resíduos de Londrina.
De acordo com o ex-professor, com cinco toneladas de lixo é possível fazer 5.000 tijolos. O objetivo do projeto é criar um Sistema Integrado de Resíduos (SIR) que deve no prazo de três anos dar destino correto pata todo lixo produzido no município. A cidade produz uma média diária de 600 toneladas de lixo.
Funcionamento
Primeiro, o lixo é colocado em uma esteira, onde são separados os materiais que podem ser reciclados de outra forma (como plástico, metal e papel), daqueles que não poderiam ser reaproveitados com os métodos tradicionais. Depois, o lixo não recicláveis é triturado, podendo ser ainda misturado a restos de materiais de construção.
Após essa etapa, é acrescentada a cola, que faz a mistura virar uma massa homogênea. Por fim, a massa passa por um molde, onde é transformada em tijolos, telhas, pisos, vigas e outros materiais, que ficam prontos para utilização após passar por um tempo de secagem ao sol.
"Esses produtos são mais resistentes e duráveis que os convencionais feitos de barro e madeira, pois aguentam melhor o sol e a chuva", afirma Oliveira.
Os testes foram realizados no laboratório da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e em outros laboratórios credenciados pela Embrapa Soja. Segundo o professor, a cola já está patenteada, mas ainda não tem um nome.
Projeto em prática
Eudaldo informou que empresas e Prefeituras de outras cidades já mostraram interesse na cola e no projeto da máquina. Porém, ele explica que sua intenção é apenas mostrar a possibilidade de acabar com o problema do lixo. "Se for um bom exemplo, já vale muito a pena. É preciso que as pessoas se conscientizem. Tem que achar meios de acabar com a contaminação através dos aterros".
Segundo estudos da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) de Londrina, responsável também pelo tratamento de resíduos da cidade, o investimento indicado pelo professor para utilização da máquina em definitivo pode ser de aproximadamente 6 milhões de reais. A Prefeitura ainda busca uma parceria com a iniciativa privada para implantar a novidade e fazer parte do projeto chamado Lixo Zero.
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